Hoje deparei-me com a morte de uma pessoa muito querida, tenho certeza que ela viveu sempre em busca do céu eterno, na esperança de um dia descançar nos braços do Dileto Esposo.
Mas isso me fez questionar sobre: o que é a vida? Qual o sentido, a razão de viver? Para que eu estou vivendo?
São perguntas pertinentes, que hoje me vieram a mente, e me fizeram pensar no sentido que estou dando a minha vida, no que estou fazendo, para onde estou caminhando.
Nossa vida não é simplesmente um acaso, fruto de descuido, ou simplesmente um desejo de nossos pais.
Todos temos na vida um desafio maior, descobrir o propósito de nossas vidas; A Isolina me ensinou que viver para Deus é mais gostoso, tem sofrimentos e alegrias, como tem em qualquer lugar, só que no final da vida é nos braços de Deus que descançamos.
Minha querida amiga, formadora, viveu sua vida à espera de algo maior, que talvez nem ela compreendesse direito o significado, porque os mistérios de Deus não nos cabe desvendar, mas ela viveu buscando agradar a Deus, satisfazendo as necessidades dos irmãos, amando a cada dia. Ela descobriu que o caminho é sempre o amor.
Somos nós que temos que dar um sentido à nossa vida, é fruto de nossas escolhas, de nossas atitudes diante dos acontecimentos. A alegria de viver, o sentido de estarmos vivos hoje é fruto daquilo em que acreditamos.
Se eu penso que a morte é o fim, então minha vida vai perdendo o sentido, a idade vai aumentando, os anos vão passando, e eu vou entrando em desespero, pois o ciclo natural da vida é que com a velhice vem também a morte.
Mas, se eu creio em algo maior, se eu creio em Deus, que me chamou a vida por um motivo e que quando o tempo de Deus me alcançar volto para ele, então minha vida terá um sentido, porque saberei que a morte não é o fim, mas sim o começo.
Temos uma vida inteira de trabalhos, alegrias e sofrimentos e se caminhamos com Deus, no final alcançaremos o descanço eterno.
Deus nos criou para sermos santos, mas isto depende mais de nós do que do próprio Deus, pois Ele nos deu a liberdade de poder escolher o que queremos fazer e o que não queremos fazer.
O que é a vida? Qual o sentido da vida? Essas perguntas só eu poderei respondê-las, minhas atitudes mostram aquilo em que eu acredito.
Minha querida e eterna formadora, foi criada para o amor, amor à Deus e amor aos irmãos, se doou até o fim pelo que ela acreditava, com seus erros, limitações, tentou viver da forma mais perfeita que podia, deu um sentido a sua vida, gastou-se pelo seu ideal de amor e hoje recebeu o descanço eterno nos braços de Deus.
Me ensinou mais com suas atitudes do que com suas palavras, vendo-a se doar pelos irmãos, pude entender que tudo aquilo que ela me falava eram bem mais que palavras ao vento, eram na verdade o seu itinerário de vida, pregava aquilo que vivia.
Maria Isolina dos Santos, 46 anos, Consagrada da Comunidade Católica Arca da Aliança, mais uma intercessora junto do Pai. (15/06/62 + 24/07/08 )